terça-feira, 7 de abril de 2009

Não é fácil ser verde

Hoje cedo vi a cena mais capitalista da minha vida. Cinco homens, cada um com a sua xícara, reunidos numa rodinha. Como aquelas cenas bem de escritório, em que duas pessoas se encontram e travam um inteligentíssimo papo-de-bebedouro, só que substituindo a água por café. O engraçado foi que, enquanto um falava, os outros ouviam atentamente e faziam até alguns comentários. Quando ficavam em silêncio, todos levaram as xícaras às bocas, ao mesmo tempo. Isso se repetiu duas vezes.

Felizmente ninguém ali usava terno, ou então eu acho que cairia em prantos.

Nunca achei que viveria para me ver num evento social relacionado ao trabalho. Aliás, sempre acreditei que ficaria longe desse tipo de coisas. Aniversário de chefe, "fazer social", estou fora. Sou da seita dos que querem progredir por méritos próprios, foi uma lição que fiz questão de aprender com meus genitores. Mas, se você não vai ao evento, o evento vem até você.

Inventaram hoje de confraternizar assistindo a um jogo de futebol, bebendo cerveja e comendo churrasco. Ora, eu não gosto de futebol. Acho que prefiro ficar trancado no banheiro, contando quantos fios da minha barba consigo encontrar no meu rosto e dar nome a cada um deles, mas receio que não tenham oferecido esta opção. A parte boa é que gosto daqui e das pessoas com quem trabalho. Não vai ser difícil encarar este primeiro momento social da minha vida profissional. Mas juro que ficaria com o lance da barba.

3 comentários:

Camila disse...

Não esqueça de comparecer ao evento do MEU trabalho! Dia 24, com direito a bingo e dança de criancinhas ranhentas!

Sakana disse...

E eventos sociais com o povo de escritório é massacrante. Só se fala mal dos chefes e nada mais.

Clayton Ferreira disse...

Aqui não tem como falar dos chefes porque eles ficam por perto.