domingo, 28 de junho de 2009

Sobre relacionamentos

Um dos segredos de ter um relacionamento sadio - ainda que muita gente considere esta questão discutível - é não haver segredos entre os envolvidos. Sinceridade é um ponto-chave para que muitas relações dêem certo e não só as de envolvimento amoroso.

Pois bem. Mas eu, que tanto prezo a sinceridade, ontem aproveitei-me da ausência de vocês queridos leitores do meu blog. Agi pelas costas de vocês e agora não tem mais volta, não mesmo...

Comi mamão.

E não me envergonho!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Justiça Divina

Vamos lá, deixa eu fazer um pouco de justiça. Só pra variar um pouquinho. Que eu fico sacaneando que a mulher que mora aqui perto é a crente louca, mas na verdade ela é muito legal comigo. Ela é muito legal e eu fico por aí insistindo: crente louca. Toda vez que eu a encontro, ela fica toda preocupada comigo. A cada cinco minutos ela repete coisas do tipo se você estiver incomodado com qualquer coisa, você fala, tá? E acha que tudo vai incomodar e pergunta de novo e de novo e de novo. Quando cansa, entra em outro loop: no do "fica bem".

- Dona Crente Louca, eu to usando aquela geladeira desligada como dispensa pra guardar as minhas coisas, tá?

- Ah, claro, FICA BEM.


Ela gosta mesmo de mim. Ainda que eu seja um infiel que tem um blog sobre seu sonho de comer todas as mulheres da face da Terra. E que use o mesmo para chamá-la secretamente de crente louca.

Ontem teve a tal reunião de condominio. Eu assustei um pouco porque achei que seria sexta e, de repente. abriram a porta. Era ela e sua tropa crente. Bate-papo de lá, de cá, como ta a vida, o trabalho, essas coisas. E ela pergunta:

- Quer participar da reunião?

- Não, obrigado, dona Crente Louca! Eu vou pra minha casa ler meu livro.

Pura mentira: eu subi aqui e fiquei praticando minha falta de fé. Tentando Roubar wi-fi do vizinho no Lap Top da minha irmã e tirando sarro que a crente louca é muito louca e, conseqüentemente, pavimentando minha estrada para o inferno. Pura maldade minha: ela me trata bem e não tentou me converter. Ainda. Não com convicção. Enfim: o caso é que ela me trata muito bem e eu fico de maldades com ela. Coisa de gente que sentiu prazer pisando em formiga quando criança, eu penso. E aí eu não sei por que é que eu tenho que ter o coração tão preto e peludo: deixa ela citar Deus a cada meio minuto, (acho que até enquanto dorme), se é assim que ela é feliz e acha que sua vida faz sentido. O que é que eu tenho a ver com isso?

A verdade é que ter preconceito contra evangélico é tão feio quanto ter preconceito contra negros e gays. E aí tem aquela galera que acha cool andar entre gays e entre negros, mas ninguém acha muito cool andar com evangélico. Cool é sacanear evangélico. Ninguém aguenta eles falando de Deus a cada meio minuto, eu pelo menos não aguento. Mas 90% das militâncias praticadas no mundo eu acho irritantes, então é melhor deixar tudo meio pra lá.

Os negros tem uma vantagem: o papo é o da injustiça social, mas nenhum deles tenta te tornar negro. Gays também não, em geral, mas eu tenho o meu histórico dos que quiseram muito mesmo que eu me tornasse. Fé em Deus ninguém realmente tentou que eu tivesse, até onde me lembro. Talvez porque, sempre que falam de Deus comigo, eu faço a minha já consagrada cara de "quem não sabe como algumas pessoas colocam miniaturas de navios dentro de garrafas".

quarta-feira, 24 de junho de 2009

MSN BIZARRO

Eu digo:
Eu fico muito esquisito sem óculos
Eu digo:
Tava perigando de parar de usar. Mas sou míope pra caralho
Ela diz:
EU tb... mas to vendo algum com uma armação menos séria, pq eu, com armação preta, fico a encarnação definitiva da nerdice
Eu digo:
Mas é meio cool ter cara de nerd, vc sabe, né?
Ela diz:
ah, não... quero ter cara de descolada
Eu digo:
Bom, eu já desisti de parecer descolado. Eu sei que eu não sou
Eu digo:
Além do mais, é uma pose que não cola comigo: a gente meio que se conhece por causa dos amigos da internet. Então, descolado, a gente não é
Ela diz:
HAHAHAHAHHAHAHAHAHA
Ela diz:
mas ninguém precisa saber disso. A gente pode inventar uma historia
Eu digo:
Ta bom. A gente tava na BALADA, eu MANDEI UMA IDÉIA pra você e a gente se beijou. Beleza?
Ela diz:
Não
Ela diz:
horrivel
Ela diz:
a gente estava naquele evento do Odeon... qual o nome mesmo? Passa filme a madrugada inteira...
Eu digo:
Nossa, em maratona de cinema? Isso é coisa de nerd! Ta vendo como a gente não consegue parecer descolado?
Ela diz:
Hahahahahahahahahaahahahahahahha
Ela diz:
merda
Ela diz:
Tá, então somos nerds mesmo. E o que a gente faz com isso?
Eu digo:
Compramos nossos óculos com aro preto e passamos a noite de sábado jogando RPG. O que mais?
Ela diz:
RPG jamais
Eu digo:
O pior é isso: existem vários tipos de nerd
Ela diz:
É É?
Eu digo:
Tipo: eu realmente acho que sou nerd, e também gosto de jogar RPG
Ela diz:
Isso aí é nerd demais ... nunca nem me aproximei de um rpg... eu, entre os nerds, sou descolada então
Ela diz:
Eu uso até all star de oncinha.
Eu digo:
Eu jogava RPG direto quando era moleque. Tipo já faz uns 14 anos, acho.
Eu digo:
RPG é que nem Los Hermanos
Eu digo:
RPG é legal... o problema não é o RPG ou o Los Hermanos.
Eu digo:
O problema são as pessoas que gostam destas coisas


Deixando claro que eu odeio Los Hermanos...

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mesa de Parto!


Ainda sobre esta coisa de esportes e exercícios físicos. Que é muito engraçada quando a gente analisa friamente. Nada mais é que um bando de humanos disputando força, é claro. Não sou antropólogo e nem nada, mas acho que essa porra começou naquela época em que os humanos da idade da pedra desistiram de caçar alfaces e passaram a caçar vaquinhas, ovelhinhas, franguinhos e uns aos outros. Quem conseguia mais era o melhor macho, então pegava mais mulher. Na raiz de todos os problemas do mundo ta isso aí: pegação.

Aí outro jeito de demonstrar força são os esportes, que nada mais é que demonstrações das habilidades de caçar coisas que não são alfaces. Ainda antes disto deve ter tido o problema daquele humano que descolou um mamute morto, pegou um cipó ou merda que o valha e inventou a primeira tanga do mundo, escondendo seu pau da luz do dia. Se ele não tivesse escondido seu pau, toda a disputa seria baseada em centímetros, e não em quantidade de animais mortos ou, alguns anos mais tarde, o maior número de bolas no fundo da rede. Vejam que mesmo hoje em dia, quando pega mal um país botar pra quebrar dentro de outro por causa de petróleo, independência étnica e estas coisas, a expressão da força ainda tenta se dar pelos esportes: União Soviética contra Estados Unidos, um clássico dos anos 80. Recentemente, China contra o planeta Terra, apesar desta coisa de se sobrepor pelos esportes andar meio fora de moda na minha opnião, mas a China é mesmo um país cafona e acho que eles dominam mais coisas com suas porcariazinhas estilo R$ 1,99.

Tudo é sobre ter centímetros suficientes para praticar pegação mesmo, todo um lance de virilidade. Mas nem tudo acabou se tornando tão viril quanto deveria não e algumas coisas atestam contra a pegação. Porque você vai à academia de musculação e todo mundo ta lá super bonitão, mostrando braço grande suficiente para levantar um automóvel e as menininhas de top e calça de lycra enfiada no cu. Tudo bem que calça de lycra enfiada no cu não é mais aquela coisa que me deixa ligadão toda vez que eu vejo, eu já superei esta adolescência quando qualquer alusão que fosse a um buraco produzia uma ereção. Você leu sobre o buraco da camada de ozônio?, e, pronto, você tem uma ereção. Meus 15 anos já foram embora, já faz uns 14.

Voltando à academia de musculação: todo mundo super excitante, mas aí você começa a fazer qualquer exercícios e todo mundo faz aquela cara. De quem está fazendo mais força do que devia. O cara põe um som com batida forte para empolgar a galera, mas a galera continua com a mesma cara de quem faz mais força do que devia. Vira um tipo de rave que todo mundo tem prisão de ventre, e não da pra rolar uma pegação no meio de um surto de prisão de ventre. Depois de mostrar ao mundo como exatamente é a sua cara numa prisão de ventre, vem o instrutor e diz que você vai fazer a rosca. E eu digo adeus à virilidade. Ele explica que eu vou ter que fazer a rosca no aparelho e me mostra em que aparelho. E é alguma coisa tipo uma mesa de parto: fazendo a rosca na mesa de parto com cara de prisão de ventre na rave. E chamando isto de ser viril. Não foi assim que me ensinaram na escola. Então, o lugar onde eu queria chegar, é a afirmação de que eu ainda não entendi o sentido da academia de musculação e dos outros esportes. Ainda assim, eu continuo fazendo.

No mais, eu também não entendo uma maratona. Um monte de gente correndo para chegar num lugar onde não vai ter cerveja, mulher pelada ou distribuição aleatória de dinheiro. Entendo menos ainda aquelas corridas em pistas dentro de estádios, porque além de não ter nada na chegada, muitas vezes a chegada é no mesmo lugar que você estava. Não entendi como um salto duplo carpado pode mudar o curso da humanidade e, por fim, eu repito a pergunta que a gostosona que me esnobou no dia do meu próprio aniversário uma amiga fez certa vez: qual é o processo e a experiência de vida que leva alguém a um dia resolver: "quando crescer, quero ser uma pessoa que salta com vara"?

PS: E um abração para todos os meus amigos do SESC, vou sentir muita falta de vocês. E um abraço especial pra menina chorona, rs

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Satisfação Pessoal

Satisfação plena não combina muito com blogs em geral. Blog não funciona assim: o certo era eu achando alguma coisa ruim. Aí eu vinha aqui e falava que a vida era uma merda porque o ser humano é muito idiota. O meu tipo de afirmação preferida. Floreava com algum sarcasmo e um pouco de non-sense, vocês liam e, no fim do dia, iam para casa cozinhar dobradinha para seus recém adquiridos maridos. Só que os tempos são outros. Eu não acho mais a vida uma merda. E você já não cozinha dobradinha à noite para seu marido: hoje você deixa pão, presunto e queijo em cima da mesa da cozinha para que ele mesmo faça um misto quente e você tenha tempo de assistir novela usando bobes na cabeça. Só o ser humano que continua idiota: ainda tenho esta coisa de não ter muita fé na evolução de 95% da população.

Hoje em dia eu me preocupo com outras coisas. Tem muita coisa pra fazer, mas eu ando pouco mal humorado. To pensando na casa que eu gostaria de montar no fim do ano, que vai ter uma parede laranja na sala, piso de madeira e um chuveiro com regulagem gradual de temperatura. To pensando em fazer um outro curso para quando eu quiser entrar em outras áres, ter mais opções. Ao mesmo tempo que penso o que eu vou fazer se uma hora chegar à conclusão de que não quero mais trabalhar (Ha-Ha). To sempre tentando antecipar passos. Estou fazendo academia porque meu "colesterol está ótimo, mas a glicemia, apesar de ainda estar dentro do limite aceitável, está alto para a (minha) idade" - lembrando que mamãe e titio são diabéticos, né?

To pensando que eu gostaria de namorar, porque eu acho que preciso um pouco disto, alguém para coçar as minhas costas e reclamar das minhas frieiras, mas não tem ninguém rolando por aí. (Apesar de que namorar é depois que eu passar a pica em todo mundo e só tiver uma última na fila... as pessoas esperam que eu pelo menos finja que penso assim). Não sei se vocês entendem o que isso quer dizer, eu deixo bem explícito: pela primeira vez eu me sinto estável. O que eu sempre achei que tinha que conseguir antes de me preocupar com todas as outras coisas. E eu não sei escrever aqui sobre essas coisas.

Mas, claro, decidir o que jantar hoje a noite, também tem uma cota de participação muito significativa no rol das minhas preocupações atuais.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Meu primeiro autógrafo

Quando eu era criança, lembro que gostei de ler A Droga da Obediência. Do Pedro Bandeira. Aí lembro que tinha até continuação este livro, acho que chamava Pântano de Sangue e depois tinha um Anjo sei lá do que, acho que da Morte. Sei que eu comprei estas continuações em algum evento tipo feira do livro na escola. Eu fui, não sei porque se eu não gostava muito de ler naquela época, na verdade. E feira do livro de escola é um evento muito primitivo. Não lembra em nada a feira do automóvel. Você não tinha gostosudas nos estandes para desequilibrar sua testosterona até você querer comprar um livro. Bem, livros são muito diferentes de carros: nunca soube de um homem com complexo de pau pequeno que tentasse compensar isto exibindo sua coleção de livros. Você pode achar que alguém que tem um Jaguar não precisa de centímetros genitais, mas ninguém pensa o mesmo de alguém que tem toda a coleção da Larousse. O que eu sei é que o Pedro Bandeira estava nesta feira e eu achei que seria uma idéia incrível se ele autografasse o meu livro. Não tinha idéia de como era um livro autografado e com dedicatória, achei que ia ter algo especial, falando de como cada leitor é tão especial e que eu tinha mudado a vida dele apenas por ter comprado o livro. Uma semana depois ele me ligaria para agradecer novamente, alegando que não expressou suficientemente o quanto sua vida passou a ser outra muito melhor porque eu tinha comprado os livros. Entreguei o livro na mão dele todo orgulhoso dessa importância toda que eu tinha. Eí ele escreveu Clay, um forte abraço, Pedro Bandeira. Quer dizer, ele podia pelo menos ter se levantado e dado o abraço. Estaria feliz até sem a parte do forte. Só me restou ler o meu abraço e ir embora desse jeito. A droga da obediência. Depois disto, o único autografo que peguei na vida foi de um cantor japones em 2003 em um evento. Ele também não me deu um abraço.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Camela Mallu!

Camelo-o-Vision: descobri que através de um pirulito a barba parece mais higiênica

Bom, o Marcelo Camelo deve ter o que?, mais ou menos a minha idade, por volta de uns 30 anos. E a Mallu tem 16 anos pelo o que eu li por aí. Não tenho absolutamente nada contra nenhum dos dois como músicos, acho ambos competentes no que fazem ainda que nenhum dos dois estejam fazendo qualquer coisa que não goste. Também não vou questionar o conceito de pedofilia. Só a dinâmica do relacionamento mesmo. Porque eu penso na cena: "Ei, Mallu, vamos tomar um chopp, usar umas drogas e fazer quebrar um quarto de motel depois de uma orgia com putas, anões, cosplayers e 3 contadores?" e a mocinha responde "não da Camelo... quantas vezes eu tenho que te dizer que não? 2a feira eu tenho prova de matemática!". Não é o meu tipo de relacionamento.


Eu acho besta a implicância geral com a Mallu Magalhães, na verdade. Não vejo ninguém reclamando da música dela, só da figura pública dela. Do hype. E isso me remete àquele nível irracional e sem argumentos que as pessoas gostam de discutir assuntos, aquele que eu falava outro dia que anda me tirando do sério. Me lembra dos metaleiros da galeria do rock no fim dos anos 80 e começo dos 90 que eu achava que se extinguiria com o tempo, mas ao que tudo indica tudo continua no mesmo nível de babaquice. Ou sou eu que ando com raiva dos seres humanos mesmo. To quase tentando de novo escrever sobre o assunto.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pixels X Nerds X Sabugo de Milho



vejam a primeira cena e pensem nesta experiência: viver na pele a sensação de ser uma toupeira que foge de um homem ameaçador armado com um... IOIÔ

Ah, no meu tempo... não querendo bancar o idoso, mas enfim, no meu tempo... video-game era essa coisa aí. Atari era o grande lance, mas eu tive um Darktari. (Não tive autorama, esta é uma das minhas duas mágoas de infância). Mas tive Odissey, que eu não joguei muito porque nunca tive mais de duas fitas (sic). O que eu joguei MESMO foi o MSX, que era um computador, na verdade. Meu pai, nerd nos anos 80, não compraria um mero vídeo-game, tinha que ser um computador. Eu tive um TK antes dele também, em que os jogos eram gravados em fitas K7. Aí o MSX e depois o meu primeiro PC, um XT com monitor CGA (tinham 4 cores, ninguém mais que eu conhecia tinha um monitor que não fosse o monocromático). E para conseguir jogos era algo tão difícil quanto conseguir discos de certas bandas: você tinha que ter contatos pra conseguir fazer cópias. Dependia de ter amigos, não de uma conexão de banda larga. Não existia facilidade nenhuma: os coreanos e chineses não tinham descoberto o mercado de eletrônicos e nem o mercado consumidor da Santa Ifigênia. Ou então o mundo que ainda não tinha atravessado o Cabo das Tormentas e descoberto a Coréia e a China, defina você o que lhe parece mais acertado dizer.

Video game era pura abstração por conta das limitações tecnológicas e até pelo desenvolvimento do mercado (não existiam grandes empresas de games, imagino que eram 3 nerds que se juntavam, davam um nome à sua empresa - ou clã de elfos, se vocês prefirirem - e faziam uns jogos). Os jogos se resumiam a controlar um quadrado enfeitado com escadas (chamados de pixels) transitando no meio de outros quadrados (o cenário) dentro de um quadrado maior (a tela). Nossos pais - ou pelo menos os da geração dos meus - costumam se gabar de terem passado uma infância sem bonecos para comprar, usando sabugos de milho para brincar no lugar dos bonecos. Já a minha geração brincou com os primeiros sabugos de milho digitais.

Uma vez eu vi uma história que eu adorei. Quando fizeram o Donkey Kong, não conseguiam achar o que fazer com o Mario (é o primeiro jogo da história em que ele aparece... sim, aquilo é o Mario) depois que ele pulava e estava caindo no chão, porque era muito difícil desenhar cabelo no vídeo game. Aí colocaram nele um chapéu: quando ele estivesse caindo, era só levantar o chapéu um pouquinho para parecer que estava caindo junto. E é por isto que, até hoje, ele luta contra gorilas e tartarugas de chapéu, e não porque ele é simplesmente um encanador italiano - ??? - garbo e estiloso.

Como toda criança normal, meu sonho hoje é comprar um PS3.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

A Crente Louca

Adoro gente que tenta parecer legal dizendo alguma coisa e acaba sendo escrota. A língua portuguesa tem uma preposição especialmente criada para isto: o "mas". Se alguém ta dizendo alguma coisa legal, bonita, poética, politicamente correta ou algum preceito de vida estabelecido pelo Paulo Coelho com um "mas" na frase, é porque a pessoa ta falando merda. Tipo a crente louca: eu chego em casa e ela está com o carro dela parada em frente à minha garagem. Está dentro do carro. E com a janela aberta conversando com fulana e filha de fulana. Como eu ainda não coloquei grade com lanças de ferro no pára-choque do meu carro, como acho que todo paulistano deveria ter, tive que estacionar e entrar a pé. Aí eu paro para cumprimentar ela e ela diz:

- Essa daqui é a fulana. Ela puxa um carrinho aqui pela vizinhança catando papelão, MAS ela é super gente boa.


Por que eu tenho atualizado pouco e, quando atualizo, são essas coisinhas sem importância? Porque eu tenho dedicado todo meu tempo livre - que nem é tanto assim - a fazer coisinhas nerds.

terça-feira, 2 de junho de 2009

O que não mata engorda?

Deixa eu explicar isto para vocês porque já faz duas semanas que estou nessas e eu fico escondendo isto de vocês. Que agora eu faço exercícios físicos. E você aí, que me conhece pessoalmente ou me le há algum tempo me pergunta: até quando vai durar esta farsa?. Não sei ao certo, mas eu decidi tentar. Se você perguntar para o médico, ele vai dizer aquilo de que a minha glicemia ainda está dentro do normal mas é alta para a minha idade. Isto por sua vez preocupa aqueles que lembram o histórico de diabete na família e ninguém aqui quer amputar uma perna como o tio teve que fazer ano passado. Aí eu fui à academia num certo dia definido como o primeiro fazer uma tal de avaliação física. O que fundamentalmente consistiu em afirmar que eu estou podre, mas ao invés de simplesmente explicar como eu mesmo sempre fiz, o avaliador físico usa como argumento um medidor de gordura e uma fita métrica. Você é podre em 40cm e 32kg do seu corpo, este tipo de afirmação científica. No final da avaliação física ele vem com uma ficha para preencher e me pergunta qual o objetivo do meu treinamento. Tinham umas opções como saúde, bem estar, condicionamento físico, etc. Respondi que era para ficar gato e pegar mulher, mas não tinha esta opção na ficha. Têm coisas que medidores de gordura e fitas métricas não sabem responder, como tudo o que segue na linha do mas de onde diabos vêm os bebês?


Não sei é se eu vou chegar naquele estágio em que a gente faz amigos na academia. Onde eu faço é na academiaperto de casa, então é diferente de uma academia normal. Eu não preciso saber falar três frases sobre creatina para iniciar uma conversa. A dificuldade é que eu não ando com aquela facilidade toda para fazer novos amigos, mas vamos deixar este assunto para algum momento mais crise existencial.