quarta-feira, 29 de abril de 2009

Santo de Casa Não Faz Milagres

Ainda questionando a fé alheia... foi ontem, anteontem, não lembro, que passou uma matéria no Globo Esporte mostrando um goleiro aí que eu não lembro qual ou de onde, não importa, e toda vez que ele defendia um gol ou a zaga tirava a bola, ele fazia o sinal da cruz. O pai, o filho e o espírito santo, aquela galera sagrada. Mas aí eu pergunto: e se o outro goleiro fizer o sinal da cruz também? Aí Deus tem que dar zero a zero. Só que e se o atacante também evocar os poderes da galera sagrada? Aí fodeu mesmo porque não da pra atender todo mundo, as pessoas pedem coisas conflitantes e querem que Deus de um jeito nisso e aí ele não pode fazer nada. Então acho que se eu fosse Deus, eu faria uma coisa mais tipo um concurso. "A primeira pessoa que ligar e disser os 10 mandamentos ganha a vitória do seu time" ou "a melhor frase sobre o dilúvio marca na rede", alguma coisa assim.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sabor Apimentado

Eu uso o Colgate Plax. Odeio Listerine. Listerine deixa a boca da gente ardendo, o que é puro marketing. Como a sensação de refrescância das pastas de dente: fazem a gente achar que a boca está limpa só porque ela está fresca, mas isso não é uma verdade porque chorume na geladeira continua sendo chorume. O Listerine faz isso: deixa a boca da gente ardendo muito, muito mesmo. Pra dar para a gente a impressão de que os germes estão morrendo. Mas isso é a coisa mais estúpida da gente pensar: se é a sua boca que está doendo, então é a sua boca que está morrendo. Não o germe.


Também não sei se a morte dos germes começa pela dor de suas bocas. Nunca conversei com um germe em seu leito de morte.

terça-feira, 14 de abril de 2009

.:Estatísticas:.

Vamos combinar o seguinte então: a partir de agora eu não converso mais com as pessoas sobre assuntos polêmicos. Falo se elas se comprometerem a serem amordaçadas. As pessoas se irritam, tudo vira pessoal, é um saco. Não falo mais de futebol, que eu já falava pouco antes. Não falo mais sobre política, religião, visão política, ideologia, certo e errado. Não falo mais de Big Brother, nem ano que vem eu falo mais disso. Não falo mais sobre banda ruim. De repente eu até paro de falar sobre meninas de biquini, acho que até isso deixou de ser uma unanimidade nesse mundo. A partir de agora, eu só falo sobre coisas exatas. Meu assunto prefirido agora são os números. Você me chama para tomar cerveja e eu vou falar sobre raiz quadrada. Não vou discutir nem qual a cerveja que se deve tomar para falar sobre raiz quadrada. O que se sabe de novo sobre os números ímpares? Descobriram algum novo? Não se sabe nada, não é uma discussão. Tudo o que a gente conversa que não são números podem abalar relações interpessoais.

(E nem tenta me enganar querendo falar sobre estatística: estatística não é número, é dado coletado. 106,83% da população mundial aprecia meninas de biquini. Eu acredito numa pesquisa dessas porque acredito que algumas pessoas fazem mitose, meiose, sei lá, para virarem duas ou três porque, tudo o que elas gostam de meninas de biquini, não cabe em uma pessoa só. Mas você aí é capaz de falar que não acredita num número tipo 106,83% numa pesquisa. A minha resposta vai ser bem, 106,83% é um número que existe, vem logo depois do 106,82%).

sexta-feira, 10 de abril de 2009

NP fazendo escola

Humor negro é assim: ou você ama ou odeia. Claro, a mesma coisa pode ser dita dos infames, humor pelo absurdo e por aí vai. Sou o tipo de pessoa que se dobra de rir quando vê, por exemplo, uma camiseta com a foto do Darth Vader, escrito Sith happens" embaixo.

O humor negro precisa ser ao mesmo tempo criativo, mas ainda mais corajoso. Não é qualquer um que tem a cara de pau de fazer certas coisas. Outro exemplo: não há nenhuma garantia que eu sairia vivo de uma situação assim, mas sempre que vejo um carro parado em cima da faixa de pedestres, minha vontade é de continuar caminhando em linha reta e passar por cima dele, como se nem tivesse me dado conta. Mas eu não sou à prova de balas, pra dizer o mínimo. Mas isso não seria humor negro, apenas uma cena de filme do Leslie Nielsen. Ou de um clipe dos caras do The Verve.

Humor negro de verdade foi uma notícia que vi. Um jornal digno de algum respeito, dá a notícia assim:

Acidente com biarticulado deixa um morto e fere 60 em SP

Os moradores de um pequeno trecho da Rua da Prata, no Campo Belo, Zona Sul da Capital, acordaram nesta terça-feira com um estrondo. Por volta das 8 horas, um ônibus biarticulado que fazia a linha Terminal Capelinha-Largo São Francisco, da Viação Campo Belo, perdeu o controle na alça de acesso à Avenida Vereador José Diniz, sentido centro, rolou por um desnível de cerca de quatro metros e caiu na Rua da Prata, atingindo o muro de uma casa na esquina com a Rua Paratinga.

A passageira Annexelle Marcial da Silva, de 26 anos, morreu no Hospital Regional Sul. Segundo a polícia, 60 pessoas ficaram feridas – uma em estado grave. A Secretaria Municipal dos Transportes informou que foram 49.

Segundo alguns passageiros, o ônibus estaria superlotado na hora do acidente. A Secretaria informou que o veículo transportava 150 passageiros e sua capacidade é de 190. Uma placa dentro do ônibus indica, porém, uma lotação de 152 passageiros.

A aposentada Vilma Cardia, de 72 anos, disse que estava sonhando exatamente com um acidente de ônibus na alça quando acordou com um estrondo. Logo após ver o que tinha acontecido, ligou para a filha Silvia: “Tem um ônibus dentro da nossa casa e um monte de feridos”. O gerente da Viação Campo Belo, João Feitosa Saraiva, afirmou que a empresa vai arcar com todas as despesas de reconstrução do muro e também dos serviços funerários da vítima fatal.


Agora, outro jornal lançou a seguinte manchete em sua capa:

Biarticulado se parte em 3 e mata uma

É impressionante, Alberto!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

OBAMA MIGUXXXXO!


OBAMA, ADD EU MIGUXXXXO S2. Porque todo político já entendeu que o hype da política é ser nerd. Tipo o Dirceu que tem blog, etc.


E veja que, para o MySpace, a nerdice do Obama é um DESTAQUE. Jogar Age of Empires na Casa Branca, esse tipo de coisa.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Não é fácil ser verde

Hoje cedo vi a cena mais capitalista da minha vida. Cinco homens, cada um com a sua xícara, reunidos numa rodinha. Como aquelas cenas bem de escritório, em que duas pessoas se encontram e travam um inteligentíssimo papo-de-bebedouro, só que substituindo a água por café. O engraçado foi que, enquanto um falava, os outros ouviam atentamente e faziam até alguns comentários. Quando ficavam em silêncio, todos levaram as xícaras às bocas, ao mesmo tempo. Isso se repetiu duas vezes.

Felizmente ninguém ali usava terno, ou então eu acho que cairia em prantos.

Nunca achei que viveria para me ver num evento social relacionado ao trabalho. Aliás, sempre acreditei que ficaria longe desse tipo de coisas. Aniversário de chefe, "fazer social", estou fora. Sou da seita dos que querem progredir por méritos próprios, foi uma lição que fiz questão de aprender com meus genitores. Mas, se você não vai ao evento, o evento vem até você.

Inventaram hoje de confraternizar assistindo a um jogo de futebol, bebendo cerveja e comendo churrasco. Ora, eu não gosto de futebol. Acho que prefiro ficar trancado no banheiro, contando quantos fios da minha barba consigo encontrar no meu rosto e dar nome a cada um deles, mas receio que não tenham oferecido esta opção. A parte boa é que gosto daqui e das pessoas com quem trabalho. Não vai ser difícil encarar este primeiro momento social da minha vida profissional. Mas juro que ficaria com o lance da barba.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Kid goes crazy!!!!



Apropósito, esqueci de contar aqui: eu me dei um X-BOX 360 de presente.


Não sabia qual o melhor vídeo para expressar o sentimento. Se era esse aí acima ou esse daqui. O segundo é mais, digamos, VICERAL.

domingo, 5 de abril de 2009

Orgulho e Preconceito

Hoje em dia eu nem discuto mais preconceito com ninguém. Não sinto esta necessidade: parece que já expliquei demais para o mundo sobre o que eu acho disto, é repetitivo e o assunto parece encerrado. Hoje em dia é muito fácil e bonito falar que é errado ser preconceituoso. Também às vezes eu me pergunto se discutir ajuda ou atrapalha: ajuda a esclarecer às pessoas que nada disto deveria ser visto como algo anormal, o que quer que seja uma coisa anormal, mas atrapalha porque, quando a gente precisa discutir, precisa ressaltar onde estariam, subjuntivo, as diferenças: se ninguém falasse que ser negro, judeu, gay, muçulmano ou fã de Engenheiros do Hawaii, ninguém ouviria isto desde que nasceu, então ninguém cogitaria pensar que existe uma diferença. Papinho meu muito bonito na teoria, mas muito impossível na prática: o ser humano é naturalmente preconceituoso (acho que uma decorrência de ser naturalmente competitivo). Tem isto também: além de eu estar cansado e não saber qual o jeito certo de contribuir, eu também ando achando que é inútil falar disto. Aquela minha coisa de acreditar pouco na transformação das pessoas ainda que eu considere que conheça duas ou três histórias incríveis de pessoas que se transformaram para algo melhor e maior.

Preconceito com religião eu nunca pensei a respeito. Quem discute que alguém é desse ou daquele jeito porque é, sei lá, judeu, a meu ver é alguém que discute o mundo num nível torcida de futebol. Porque é uma questão meramente cultural. Com homossexualidade eu até entendo de onde surge aquele papo do "um homem foi feito para estar com uma mulher e vice-e-versa". Um cara desses também é um torcedor de futebol, com a diferença de que ele tenta fundamentar o troço com uma desculpa biológica. Eu tenho a ciência a meu favor, acho que é isto que eles pensam, mas, de verdade, é uma questão cultural disfarçada: não tem nada de científico achar que o homem foi feito com qualquer objetivo, é algo meramente criacionista porque aí Deus teria criado a gente com um propósito (de ser heterossexual, ter uma família e pagar dízimo, sei lá). Não tem nada daquela coisa da ameba, que virou macaco e virou um homem, que é um tipo de obra do acaso com o parâmetro da perpetuação da espécie. Homossexualidade pra mim é isto: outro acaso e acaso não tem juízo de valor.

Problemas com negros são os mais misteriosos: porque é algo que existe, ta aí e a gente convive sendo inevitável você saber que aquela pessoa ali tem esta ou aquela cor de pele. A gente convive com negros e brancos e sabemos que ambos fazem as mesmas coisas (pro bem e pro mal), ou seja, qual é o problema? Claro que eu sei que existe aquela coisa da cultura escravocrata e bla bla bla, mas nunca pareceu argumento. Mas acho que neste caso eu nem sei explicar muito porque nunca pensei demais na questão do negro. Minha causa definitivamente não é. E eu não tenho amigos negros, não de convívio realmente próximo. Nunca fiz sexo com uma negra. Tenho curiosidade, acho bonito, me da cócegas nas partes baixas, etc*. Mas nunca rolou. Ano passado quase rolou, a mulher tava dando muito mole pra mim e eu não queria. Talvez porque eu seja racista e não saiba**. Ou talvez porque eu não queria mesmo. Aí uma hora eu resolvi que queria, mas aí foi ela quem não quis mais. Ela prometeu semana que vem, mas na dita "semana que vem" ela tinha voltado com um tal de ex marido. E desde então eu decidi que ex marido é uma raça causadora de toda a desgraça da face da terra. Desconsiderando que eu é que fui bundão e esnobe em primeiro lugar. Mas enfim: eu estava todo pretencioso tentando fazer um belo post sobre preconceito, aí comecei a falar de fornicagem (sic) e estraguei tudo.


* - Uma vez ouvi alguém dizer que era algo racista você dizer "morro de vontade de fazer sexo com uma negra". Porque era como você dizer que é diferente só porque ela é negra. Eu discordo deste argumento: primeiro que se é algo que me deixa de pau duro, é porque pra mim é algo diferente sim. Segundo que ser negra é uma característica física tanto quanto ter peitão, ter peitinho, ter bundona, ter bundinha... e ninguém reclama quando alguém explica se gosta mais de bundona ou de bundinha.

** - Na verdade, eu tinha os meus motivos para isto... ela trabalhava comigo e eu sou esse tipo de pessoa que nunca pegou uma colega de trabalho, nunca pegou alguém porque era o cara nerd, etc...

E não estou dizendo que não tenho meus preconceitos. Eu tenho muitos. Eu analiso e julgo pessoas em menos de 5 minutos, o que é muito feio. O que eu digo é que não sou dado a estes preconceitos clássicos mesmo.

sábado, 4 de abril de 2009

¡Mostrame el dinero!


Vou escrever hoje sobre algo impensável até bem pouco tempo atrás. Sem palavras bonitas ou eufemismos desta vez, vou ser bastante sincero e objetivo.

Vou falar da minha ida a um puteiro.

Claro que isso pode soar estranho a quem estiver lendo. Afinal, por que raios estou fazendo história por causa de uma visitadinha a um puteiro qualquer, sendo que qualquer adolescente de 19 anos já faz isso regularmente e cumprimenta até o carinha do banheiro pelo nome? Bom, é que nada na minha vida é simples ou comum.

(Xeque!)

Fomos convidados a assistir a estréia do curta-metragem de uma amiga. Nem preciso dizer que nós(eu mais dois amigos que preferem que seus nomes fiquem em segredo), como pessoas inocentes, ingênuas, plácidas e inocentes (sim, de novo) chegamos ali completamente sem saber o que nos aguardava. Ou melhor, onde estávamos nos metendo. Por fora, eu nunca diria que o lugar não era uma casa noturna "normal", por assim dizer. Mas fiquei bastante surpreso quando vi fotos de mulheres pouco vestidas logo na entrada, quando fomos pagar o Passaporte da Luxúria do Playcenter. Eu e meus amigos nos olhamos meio desconfiados, com uma cara muito grande de tacho. Não sei como explicar o conceito da cara de tacho, mas aposto que nós representamos uma muito bem naquela hora. Logo encontramos a amiga que nos esclareceu tudo. "Ah, é um puteiro mesmo!"

Muito melhor quando temos certeza das coisas/ A parte ruim da coisa foi como todos os meus delírios adolescentes se perderam. Nada de mulheres passando óleo umas nas outras, enquanto uma outra com avental colocava as besuntadas numa frigideira com cebola e um pouco de alho. Nenhuma mulher veio correndo do outro lado do salão, pulou no meu colo, arrancou minha roupa, nem apareceu uma praia com coqueiros ao fundo. Por uma razão: a lotação do lugar não permitia.

O que aconteceu de verdade foi que umas três meninas de calcinha e sutiã passeavam e fizeram um showzinho bem mequetrefe em cima do palco com aqueles postes de bombeiro. Não que eu estivesse decepcionado, porque não esperava nada disso lá e olhei tudo com curiosidade de quem está conhecendo mesmo, era um mundo novo que eu só tinha visto antes em filmes. E nenhum dos elementos estava lá. A não ser o bigodudo com camisa aberta que achava ser o sonho de consumo das mulheres que dançavam na frente dele. A ficção, ao vivo, é bem diferente.
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Pessoalmente, acho que quem precisa ver mulheres (ou homens ou drag queens futuristas) se esfregando pra sentir tesão tem sérios problemas e precisa de ajuda profissional, não violenta. Não gosto também de prostituição, Respeito quem faz isso porque talvez seja a única opção da pessoa e não tenho direito de julgar a profissão de ninguém. Mas a prostituição como conceito eu não aprovo. Acho muito ruim pro ser humano.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Senhor dos Anéis para adultos

Paulo Coelho? Eu nunca li. A culpa disto é das pessoas que já leram e tentaram me explicar uma vez ou outra do que se tratava. Aí eu sempre fiquei com esta impressão de que nada mais era que um Senhor dos Anéis para adultos, ou seja, sem anões, gnomos, duendes, estas porras. Então, na minha cabeça, seria bem Paulo Coelho uma história sobre um cara de estatura comum, sem orelhas pontudas, sem poderes mágicos e sem carregar uma espada fornecida por alguém com poderes mágicos que conta sobre as 900 páginas de distância que caminhou por florestas para queimar um anel e fechar um olho. Assim, só não me pareceu algo que eu poderia gostar de ler. Mas eu fico bolado quando saem estas notícias que falam sobre o quanto ele é aclamado pelo mundo inteiro. E aí falarem que ele vendeu 100 milhões de livros e é o autor vivo mais traduzido, então eu fico preocupado de que eu estou andando na contramão do mundo. Sem ironia: algum motivo tem para isto acontecer. Dentre as possibilidades, existe a de que ele seja mesmo um bom escritor e a gente repudie o cara só porque ele é brasileiro. Também tem, é claro, a possibilidade de que narrar uma caminhada de 900 páginas de distância seja um assunto realmente interessante (com ou sem anões, gnomos e sadomasoquistas em geral). O meu blog nunca vendeu 100 milhões de cópias. Tem 50 acessos por dia só. E nunca foi traduzido para outros idiomas. Já foi copiado uma ou duas vezes por algum destes 50 por dia que acharam que a minha vida era mais interessante que a deles. Não reclamando dos meus 50 acessos: adoro vocês e um dia quero ter feito sexo com todas as meninas que entram aqui. Além do mais, eu não sou um escritor, nunca me propus a ser. Talvez por isto eu nunca tenha escrito sobre andar na floresta para queimar o anel. Também nunca fumei maconha com o Raul Seixas, isto precisa ser dito.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Abre-Te Sésamo

Não lembro quem foi, nem se foi uma namorada ou se foi uma dessas meninas que me acharam na rua e pegaram para criar. Eu sei que alguém alguma vez riu da minha cara por eu não conseguir abrir o sutiã. Realmente é uma cena ridícula você se comportar diante de um sutiã como um canhoto diante de um abridor de latas convencional.Sei que perguntei então, com toda a humildade que Deus me deu. Ensina aí, moça. Não tem mesmo muito segredo, acho que deve ter menos ainda para quem os usa. Ou pelo menos para quem os tira de alguém com regularidade, não tem sido meu caso. Não quer dizer que SEMPRE da certo: alguns aí ainda parecem ter travas similares às que colocam nas portas dos carros para crianças não conseguirem abrir.

De qualquer forma eu tenho a minha porcentagem de acertos, sendo que acertar é abrir de primeira e com uma mão só. Tem mulher que repara e faz qualquer piada do tipo "hmmm... profissional, hein?". Um jeito lisonjeiro, carinhoso e elegante de dizer sou só mais uma que você ta comendo, né?. Não é tudo isso não, quisera eu ser o maior comedor da face da terra, é o sonho de todo homem. Mas eu faço que é tudo isso sim, que seja só respondendo com uma risadinha sacana. Afinal, como disse o Peréio há uns 20 minutos atrás na televisão, o importante não é ter pau grande, e sim saber fazer cara de quem tem. Nisso eu sempre acreditei.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Deus Castiga

Outro dia eu tava lá de bobeira... trabalhando... e de bobeira... e chegaram as meninas da limpeza, pra quem eu sempre faço um tipo de festinha (arranjo água, café, comida, etc) e bato papo quando estou de bom humor. Não que eu precise estar de bom humor para achar que elas mereçam ser bem tratadas: eu preciso estar de bom humor para tratar qualquer pessoa bem. De mau humor para mim todos são ratos. Porque eu odeio ratos. Na verdade eu tenho MEDO de ratos, PAVOR de ratos, eu VIRO UMA MENINA CHORANDO PORQUE SEU IRMÃO MAIS NOVO DECAPTOU SUA HELLO KITTY perto de ratos. Então eu não vejo as pessoas como ratos, apenas odeio elas silenciosamente. Também não é isso, bem, foda-se, o caso é que eu estava conversa com ela e nem lembro sobre o que era, eu sei que eu disse pra ela, com estas palavras: "bem, se eu continuar desse jeito, Deus vai me mandar tomar no cu".

Nossa, ela ficou puta da cara (não com estas palavras). Disse que Deus não é bem esse tipo de gente. Que ele ama as pessoas e bla bla bla. Perguntei se ela já tinha lido a Bíblia e ela me enrolou. É sempre assim: esse povo que tem muita fé nunca estudou muito a própria fé. Não que eu o tenha feito, mas a minha relação com Deus não é exatamente de amor, é de amor e ódio porque eu às vezes eu acredito Nele, mas duvido e; nas outras vezes, eu duvido mas acredito. O caso é que ela respondeu aquele sim que claramente era para não fazer feio. E aí eu expliquei: "pois é, você bem sabe então que ele realmente castiga muito as pessoas: olha quanta gente ele matou ao longo da bíblia porque ele achou que não estavam sendo legais com ele!"

Ela não disse mais muita coisa. Foi terminar o serviço dela. Naquele dia não teve muita água, café, comida ou etc.