terça-feira, 31 de março de 2009

A Máfia da Colméia

Vira e mexe aparecem umas abelhas aqui em casa. Uma vez a cozinha amanheceu cheia delas. Sendo que a minha cozinha amanhece às 11:00 ou ao meio dia, não considero que coisas aconteceram antes disto como, por exemplo, as abelhas terem entrado gradativamente ali dentro. Às vezes aparecem também umas formigas na minha mesa do meu quarto. Juro que não tem comida aqui, não sei por que elas aparecem. Tinha uma cara de pau andando entre as teclas do meu teclado. Não acho um programa aceitável para o domingo passear entre as teclas T e Y, mas ela achou. E eu odeio esses bichinhos, odeio bicho. Não odeio cachorro, não odeio gato, eu odeio BICHO mesmo. Aí eu mato todos, principalmente as abelhas. As formigas eu perdôo porque eu provavelmente esqueci um torrão de açucar para elas estarem ali. Me sinto mais invadido pelas abelhas. Aí eu mato. Porque abelhas e formigas vivem em bandos com as outras formigas e abelhas. Se estão em algum lugar (como a cozinha ou a minha mesa) é porque a abelha/formiga chefe designou uma missão. Aí é importante que ela não cumpra a missão. Que ela nem volte. Para que as outras abelhas/formigas saibam que a minha casa é um lugar perigoso. De verdade eu queria era abandonar um Maverick velho na frente da colméia/formigueiro com as chaves do porta-malas bem fáceis, para que alguém fosse lá abrir e encontrasse uma abelha/formiga morta e enrolada em um tapete. Não tenho dinheiro para tantos mavericks e tantos tapetes. Também queria, ao invés de matar, só arrancar umas pernas, e deixar elas voltarem vivas para contar a todas as suas colegas sobre o quanto as pessoas desta casa são cruéis e que ninguém deveria voltar ali, é muito perigoso. Mas eu também não sei fazer isto com bichinhos tão pequenos. Enfim: era isto ou um post sobre o quanta água eu tomo antes de dormir para não ter ressaca em dias seguintes.

segunda-feira, 30 de março de 2009

O universo ganhou uns quilinhos?

Soube neste final de semana que existem astrónomos que defendem uma teoria um bocado interessante sobre a expansão do universo. Não sei se isso passou no Fantástico ou se alguém já soube disso por outro lugar, mas vou explicar aqui como se ninguém soubesse de nada. Cientistas, fazendo lá os cálculos deles, descobriram que o universo está em expansão desde o Big Bang. E isso, entre outros experimentos, foi constatado quando um telescópio foi apontado pra uma estrela tal
e a tal estrela estava em outra posição que não a que constava no Manual do Astrônomo Mirim. Alguns anos-luz deslocada para o lado, digamos. Procurando outra estrela, percebeu-se que ela também estava um pouco deslocada. Neste caso, a própria Terra, o sistema solar e galáxias inteiras estariam também "se movvendo".

Afastando-se do centro. Pegaram?

Pois bem. Isso tudo é a verdade até agora. O que dois astrônomos vêm defendendo é que o universo é faz parte de um processo cíclico, ou seja, ele tera etapas de vida como os seres vivos - nascimento, crescimento e morte - e que da morte, nasceria de novo. Complexo, eu sei.

A partir daqui, as hipóteses são minhas. Melhor dizendo, são as minhas interpretações e hipóteses em cima da hipótese deles.

Peguemos o exemplo de um elástico. Um elástico pode ser esticando até o seu limite. Depois disso, ele volta à forma original ou a algo bem próximo disso, pode ser que fique um pouco alterado, deformado depois de ter sido esticado. É aí que a coisa pega.

Se realmente o universo é o maior item reciclável do...bem, do universo, esses quase 14 bilhões de anos de idade que ele tem referem-se a uma, a esta "encarnação" do bicho. E a vida como (mal) a conhecemos é apenas um versão de sei lá quantas já existiram. Será que o segundo universo foi de alguma forma influenciado pelo primeiro que houve, ou a coisa toda começa do zero, do nada? Melhor dizendo, da ausência do nada. Não sei. Meus achismos não dependem de bases científicas.

Agora vou ali, pegar uma revista de fofocas bem sensacionalistas, porque já li muito sobre ciência e preciso manter o equilíbrio no meu cérebro.

domingo, 29 de março de 2009

cliente-cartão-cafona-que-parcela

Eu odeio comprar roupas. Muito mesmo. Eu até gosto da idéia de estar bem vestido, mas o esforço que são as horas procurando roupas que te façam parecer gatoso e estilão não compensa. Nunca. E roupa, é aquela coisa, é algo que inventaram pra você tirar. Pra tomar banho e para trepar, claro que é dessas coisas que estou falando. Para trepar durante o banho, eventualmente. Aí eu vou na numa loja C&A procurando pelo honesto, rápido e barato. Posso ajudá-lo? Claro, me ache roupas o mais rápido possível. Mas antes de achar roupas, ela quer que eu faça um cartão e a cara de cachorro que passaram o dia inteiro mijando na cara e agora só te pede uma mordida da sua coxinha, sem mijo desta vez, faz você ter pena e abrir aquela concessão.


- É rápido?

- É rápido sim, 15 minutinhos.



E beleza mas eu esqueci que ela era mulher. E que 15 minutos-mulher dentro de uma loja de roupas equivalem a 90 minutos-homem dentro de uma loja de roupas. Porque ela acha que em quinze minutos consegue me fazer responder todas as perguntas já catalogadas pelo ser humano. Qual o seu nome? Seu endereço? Seu CPF? Seu telefone? Seu endereço de novo? Qual seu prato de comida preferido? Qual o nome do 3o filho do rei Luis XV? Qual é o segredo do universo, com 5 exemplos de aplicação prática? E eu ficando puto porque acho que eles aprenderam com a ditadura militar ou merda do gênero, enquanto as minhas células morriam, meu cabelo caía e meu espírito descolava do corpo rumo à luz - será que precisa comprar roupas no além? Bom, eu tentei responder tudo. Menti o quanto pude, por puro ódio ou compulsão. Pediram telefones de referência. Tem que ser número fixo. Ninguém tem telefone fixo hoje em dia. Quem tem, não passa para você: telefone fixo é um brinde que vem com TV a cabo ou internet, mas que a gente não sabe pra que serve esse brinde. Tipo comprar uma Mercedez que vem com um chaveiro "I love my Mercedes". A gente sabe bem que quem tem Mercedez não usa chaveiro da Mercedez - ou não deveria - e que quem tem TV a cabo não usa telefone fixo. Menti dando números errados.

Depois que preenchi o cadastro, ela removeu os eletrodos de eletro-choque do meu corpo e me liberou para fazer minhas compras. Aí bora comprar roupas de inverno rigoroso. Claro que não há roupas de inverno rigoroso na cidade. Eu já sabia que não ia encontrar isto. Mas, vejam, vou viajar a trabalho (sic) e a história é de que está fazendo um frio de encolher o pau e as bolas até o tamanho de prótons e elétrons, então vamos encontrar pelo menos algo digno, em várias unidades, para vestir em formato de camadas. Só que o conceito de moda digna da C&A me pegou de surpresa. Vocês não tem idéia da quantidade de blusas com estampas escrito NEW YORK é maior que a quantidade de perguntas do formulário seja nosso amigo em troca de parcelamentos e um cartão cafona que eu estava preenchendo. Acho que se eu fosse para Nova Iorque, eu deveria comprar isto , e não na C&A. Achei umas blusas para vender. Eu gostei de duas. Eram importadas. Uma não tinha do meu tamanho. Elas eram importadas, talvez dos Estados Unidos, e não tinham nada de mais escrito. Se fossem "importadas" da C&A, teriam escrito "New York". Esta é a lógica.

Fui pagar minha blusa e minha calça e passei no caixa. Oh, você é um cliente-cartão-cafona-que-parcela, passe ali. "Ali" tinha alguma fila e ninguém atendendo. Minha vez chegou depois de todas as velhas, grávidas, aleijados, leprosos e fãs do Fresno passarem na minha frente. Tivemos um problema com seu cadastro: não encontramos a pessoa de referência que o senhor indicou neste telefone.


- Bem, é o telefone que eu tenho.

- Você não pode indicar outra pessoa.

- Não eu não posso.

- É que não podemos concluir o seu cadastro assim... além do mais...

- Olha, eu não quero mais esse cartão. Eu quero é pagar e ir embora. Que tal?

- Não, pera, a gente vai dar um jeito!



Por que não deu antes, então?

Tá aqui, desculpa pela demora, moço. Se eu não pegar um monte de mulher com as roupas que eu comprei com você, eu volto pra passar esse cartão na fenda da sua bunda sem parar até você fazer um barulho de máquina registradora bem convincente.

sábado, 28 de março de 2009

Querido Clayton

Estava conversando com uma amiga hoje que disse estar com o seguinte problema no seu namoro: já que o namorado está desempregado, é ela quem está bancando as saídas do casal. Ora, não tem nada de errado nisso, não é? Bom, não teria, mas ela namora um homem. É muito difícil para um homem machista não ser o provedor, o protetor, aquele que “sustenta”. Seja este sustento oferecido à esposa, namorada, amante, “chuchu”, “pequena” ou seja lá por qual nome chame a mulher ao seu lado. Acho que esse tipo de “cavalehrismo extremo” é doente e não faz bem. Vira uma espécie de obrigação e o homem que não pode oferecer isso sente-se inseguro, como se estivesse/fosse incapaz de cumprir uma premissa.

Se deixarmos essa questão provedora de lado, sobra o que costumo chamar de orgulho de pobre. Se ambos estivessem trabalhando, não seria problema algum se a namorada quisesse pagar algo a ele. Cavalheirismo é um termo machista. Poderia muito bem chamar “gentileza”. E, pronto, é unissex, ninguém precisa sentir-se diminuído por estar sendo agradado. Não é?

Não vou ser eu a dizer que os defeitos são temperos de um relacionamento e que, sem eles, a vida perde a graça. Não diria isso nem se escrevesse livros de auto-ajuda para ganhar a vida. Sempre existirá alguém que reclamará do fato da sua namorada não ter mais peitos, assim como uma mulher pode dizer, por exemplo, que não agüenta mais a blusa preta do namorado. Na verdade, essas diferenças são inevitáveis.

Só não podem ser insuportáveis. Nem não contornáveis.

Agora vou ali fazer
barba, cabelo e bigode.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Manual de instrução

"O ritmo da sua respiração é um companheiro para toda a vida."

Li isso no lugar mais improvável possível. Aliás, digo mais. Li isso no lugar mais improvável possível de eu ler, memorizar e ainda levar em consideração: um daqueles livros que dá as características de cada signo, de acordo com o dia em que a pessoa nasceu. Mas eu sou e ando muito ansioso recentemente, então essa frase me acertou como um soco do Apollo Doutrinador, bem no meio do estômago. Ainda estou pensando na melhor maneira de lidar com isso - com a ansiedade, não o soco do Apollo - mas não cheguei a uma conclusão. De repente, me veio â mente que um saco de pancadas não seria a melhor solução.

A idéia original seria só colocar a frase que li no livro aqui e ponto. Mas aí ninguém entenderia nada e acho que este blog já anda por demais intimista. Então deixo a pergunta: se você sofre de ansiedade, o que faz pra lidar com ela?

quinta-feira, 26 de março de 2009

Passou, passou, passou um avião

Outro dia, estava pensando. É, como não tenho que fazer isso com muita freqüência lá na fábrica de cola onde trabalho, tem horas que vôo longe. Claro, isso nunca vem por acaso e geralmente tem um motivo, um estopim bastante estranho. Isso aconteceu quando uma mulher pulou da cadeira e saiu correndo pros fundos da sala. Naquele momento eu não sabia, mas a razão de tal pavor era que ela não tinha marcado o ponto de volta do almoço. Tem cabimento? Não imaginei nada menor que um avião caindo em nossa direção pra justificar tamanho assombro.

Daí veio a pergunta: o que eu faria se um avião estivesse caindo bem na minha direção? É, algo como o seriado Lost que estava acompanhando na Globo, porém eu seria a ilha. Oks, a ilha não tinha como se mexer nem fugir, mas isso não vem ao caso...

O que você faria se visse um avião vindo na sua direção? Convenhamos, um avião não é uma coisa pequena. Não é como um trem que - e eu sempre me perguntei porque as pessoas nos filmes nunca fizeram isso - é só pular pra fora dos trilhos pra não correr mais perigo. Se até no céu um avião parece grande, não queira imaginar de que tamanho ele fica quando descendo à toda velocidade bem pra cima de você! Não sei sinceramente o que eu faria, mas são grandes as chances de simplesmente cruzar os braços. Ora, não tem o que fazer! Se esconder debaixo do banco da praça não é opção! Quero dizer, é, mas as chances de você sair ileso são tão boas quanto as chances do Big Brother fazer uma edição "Academia Brasileira de Letras".

Outra opções:
- Ler um livro. Já comecei e parei duas vezes a ler Chatô - o Rei do Brasil. Não gostaria de morrer sem chegar ao final.
- Pegar duas varetas, baquetas, rashis, o que quer que seja e tentar fazer aqueles sinais que a gente de terra faz pro avião desviar. As chances de acertar os movimentos são remotas, mas, se conseguir, você vai ter uma senhora história pra contar.
- Virar de costas, abaixar as calças e mostrar a bunda pro piloto do avião. Porque você pode até morrer, mas não precisa aceitar isso numa boa.
- Sair correndo em direção ao avião, com a cara e coragem. Novamente, você pode até morrer, mas ninguém vai dizer que foi sem luta.
e a minha preferida
- Tirar a roupa e sair correndo. Quando alguém teria chance de fazer isso?

Agora eu vou ali, mas só um pouco.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Tudo novo de novo

Dia 25 de março. Foi neste mesmo dia, há sete anos, que criei meu blog. Enfim. Aquele, o famoso. Foi numa tarde em que eu podia escolher entre combater toda a barbárie humana nos shopping centers, fazendo compras , ou então permanecer no aconchego do meu lar. E criar um blog. Foi o que aconteceu.

Do ócio, veio a luz. Mentira, foi só um blog. Mas com este blog eu vivi muitas coisas, difícil demais separá-las entre "boas" e "ruins" agora. Conquistei amizades que duram até hoje. Conheci muita gente, algumas pessoas foram importantes a seu tempo mas precisamos nos separar em determinado momento.Me diverti muito, em resumo. Que é o grande sentido da vida, afinal de contas.

E hoje começo esta nova etapa. Não sei o que vai dar, não sei se as pessoas vão vir aqui ler minhas palavras ou não. Estou afastado demais da internet neste último ano e quero muito corrigir isso. Sinto falta disso aqui, de escrever.

Enfim! Ano novo, blog idem.