segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

FOFO o cacete! Meu nome é Zé Pequeno!!



O caso é que se você diz que alguém é fofo, você vai logo pensar em um ursinho de pelúcia. Então chamar alguém de fofo é algo muito gay. Não gay no sentido de gostar de homens. Porque eu nunca soube de um urso que comeu um homem. Naquele sentido menos literal. Ou de uma ursa que comeu uma mulher. No mesmo sentido menos literal. E quando eu falo de urso, to falando no sentido menos literal também. To falando que é gay no sentido frufrulento da coisa mesmo.

E isso é muito desmoralizante. Nós homens somos assim, machões, conquistadores e destruidores. Queremos dominar territórios, queremos subjugar nações. A gente come carcaça de animais podres no almoço e prego enferrujado no jantar. E a culpa disto é a tal da testosterona. Porque um dia a gente tava lá, andando de bicicleta, brincando de carrinho e assistindo Bob Esponja. De repente aparecem 3 fios de penujem, o tal do buço. E a partir daí, muda toda a sua perspectiva sobre a vida. Você finalmente entende como é que Alexandre o Grande foi mais importante que é o Bob Esponja.

Seu esforço nesta vida passa a ser o de ser percebido como uma caveira de caninos afiados com capacete nazista. Todo mundo queria ser convidado para estrelar a capa de um disco do Motorhead. Nenhum homem quer ser fofo.

Entenderam por que isto é desmoralizante?

Fala outra coisa de mim, menos que sou FOFO. Fala que eu tenho uma pica enorme, praticamente um roto rooter, o tatuzão do metrô, sei lá. Essa é uma boa fama.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Meu amigo secreto é...

Festa de fim de ano? Eu gosto. Tem gente que não gosta. “Natal passado a tia Berta enfiou o osso da coxa do peru no meu nariz porque eu tirei fotos da minha prima tomando banho e pus na internet. Ainda por cima a maionese estava estragada”. Minha família tem as suas questões, mas não chega nesse nível. Inclusive porque a gente não é o tipo de gente que faz maionese. Nem em outras datas. Vai ver que eu tenho sorte, acho que eu tenho sim.

O fim do ano passou a ser mais agradável quando eu arrumei esse emprego que, não vem ao caso explicar porque, mas que não se pratica o tal do amigo secreto. Definitivamente a brincadeira mais sem graça do mundo. Primeiro você compra presente para aquela que você não tem a mínima idéia do que é ou gosta. Tanto faz se ela é da Congregação do Orgulho Virgem ou se é pedófilo: você compra um vale presente fuleiro ou uma camisa polo que não provoca ereções em ninguém e entrega falando o famoso “espero que você goste”. “Espero que você goste” é um belo sinônimo para “me livrei da bucha”. E é triste como tem que ser um presente, não sei por que as pessoas não dão, sei lá, envelopes com R$ 60,00 dentro. É sem erro, todo mundo precisa. Eu não saberia o que dar de presente para, por exemplo, minha própria irmã. Pior é antes de entregar o presente, o discurso. Você tem que inventar algo engraçadinho para dizer e que contenha algum suspense. Afinal, estamos vivendo a era do stand up comedy, não é mesmo? Mas criatividade não é um dom dos mais populares. E até para quem tem o dom, isso não é bacana: você não é criativo sobre algo estupidamente previsível. E então se atira nos recursos falso criativos, aqueles que todo mundo finge que é novo e divertido, mas que é o que todo mundo fala. “Meu amigo secreto tem dois olhos” e a platéia responde: “Hahahahahaha”. E macacos na selva ouvem isto e desistem de se reproduzir: o mundo é um lugar cruel. Tudo começou com aquela tal piranha mordendo uma maçã. Depois começamos a matar nossos irmãos por dinheiro e, antes que pudéssemos perceber o que estava acontecendo, inventaram o amigo secreto de fim de ano. Fico pensando no que Goebbels teria dado para Hitler no amigo secreto de 1944 da patota da SS. Talvez um envelope com uns R$ 60,00.

Com o fim de conter gastos, minha família decidiu que, depois de dois anos, eu não poderia mais me gabar de escapar desta doença e organizou um amigo secreto. Claro que eu vi o lado bom: eu gosto de dinheiro. Gosto de guardar dinheiro. Gosto de forrar meu colchão de dinheiro e rosnar alto quando alguém tenta entrar no meu quarto. Não sei se gosto mais que odeio amigo secreto, só estou contando para vocês que existe um lado bom. E aí eu tive que entrar nesta. Não estava em casa no dia do sorteio. Fizeram o sorteio e jogaram o papel misterioso com o nome de algum parente (ou alguém da família do meu cunhado, ou seja, ainda tinham parentes de consideração ali) sobre a minha mesa para que eu visse quando chegasse. Não havia papel nenhum. “Mãe, e agora?”. O que ela responde com “não tem problema, eu vi: você tirou a sua irmã… aliás, o Ney tirou você e perguntou o que você quer ganhar”.

Sempre lembro de quando trabalhei na seguradora. A gente assinava um tal de acordo de confidencialidade. Agora entendi por que, naquele caso, era necessário um contrato formal.

Fiquei amargando o que dar de presente para a minha irmã. Por dias. Resolvi pedir ajuda de uma amiga e comprei um kit mulherzinha com uma parte do dinheiro e guardar o resto para mandar rezar uma missa em minha própria homenagem. Na hora do sorteio minha irmã apareceu com uma outra roupa, então eu achei que este era meu texto engraçadinho e simpático: “minha amiga secreta é a única pessoa que que trocou de roupa esta noite”.

Silêncio constrangedor.

“Ah gente, é a minha irmã, pô!”. Mas ela não trocou de roupa, alguém disse bem baixinho no meio da multidão… a desgraçada colocou uma porra de chapéu de papai noel e eu pus aquela cara de merda porque tudo o que eu planejei deu errado na tentativa de fazer aquele momento de sofrimento intenso parecer menos intenso. Não me condene aí: eu sou homem. Uma das propriedades da testosterona é não assimilar trocas de roupas, cortes de cabelo ou perfumes novos. Pelas leis da testosterona, a única coisa que a gente percebe com segurança é cirurgia de colocação de silicone.

Deu tudo errado! … tudo?

O Ney, depois de dizer que o amigo secreto dele era alguém que estava “sempre passarinhando por aí”, como ele sempre gostou de falar, eu pus a minha máscara de surpresa e alegria e fui dar o meu ensaiado à exaustão abracinho de recebimento de presentes. E ele me entrega o meu presente, quando eu sinto a maior pena dele por ter lembrado que deveria ter dito à minha mãe o que eu queria ganhar. Nunca cheguei a dizer. Eu nunca quero ganhar presente, não acho importante. Eu gosto, mas não acho importante. Eu nunca quero nada. E o Ney, deixa eu explicar, ele se dói mesmo por estas coisas… não cabe aqui explicar quem é o Ney, só meus leitores mais antigos e amigos mais próximos vão entender mais ou menos. Só quem o conheceu pessoalmente sabe do que estamos falando. Então eu sei que ele se doeu muito para encontrar algo… foi nisso que pensei nos poucos segundos entre o fim do abraço e o presente sendo propriamente entregue.

O presente do Ney era branco. E tinha duas dimensões. Bem, tudo no mundo tem 3 dimensões, mas vocês entenderam. Era algo de abrir. Um envelope. Que continha R$ 60,00. Goebbles velho de guerra: pode-se contar com você até dentro de um bunker em chamas.

PS: Mudança adiada por tempo indeterminado (ou não)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

De Mudança

O Haloscan, aquele sisteminha MAROTO de comentários que eu estava usando, o que permitia que vocês opinassem sobre minha vida e depois eu respondesse com alguma patada estúpida, viril e machona, disse que eu tenho 11 dias, a partir de hoje, para continuar usando-o. Depois disto eu devo PAGAR pelo serviço. Ferindo meus princípios COMUNISTAS. Mentira, eu não sou comunista.

Quando eu tinha 9 anos de idade ouvi na escola que se o Lula ganhasse, lá em 1989, eu teria que dividir a minha família com uma ou mais famílias pobres. O que eu entendo que é uma maneira de praticar um MUNDO COMUM. Aí eu disse que não queria que o Lula fosse presidente e torci pelo Collor. Tinha até um adesivo dele na janela do meu quarto. “Fernando Collor”, o adesivo dizia. Fundo azul, letras em branco, um L verde e o outro L amarelo. O “Lula Lá” não ganhou, ganhou o cara do adesivo da minha janela. Aí ele bloqueou a poupança, arranjou mais uma esposa para o Chico Anisio, vestiu o país de preto e passou a bola para um cara que fez duas coisas muito importantes: pos umas fábricas para produzir fusquinhas novamente e não colocou nenhuma família pobre dentro da minha casa. Eu sei que eu torci por um presidente dito errado. Sei lá se ele era tão errado assim, mas o que eu não queria era dividir minhas peças de Lego com outra criança. É disto que tratava a questão.

Agora, anos mais tarde, proprietário único de minhas peças de Lego, estou pagando um preço grave por não ter apoiado um estado comunista: o Haloscan não é um bem cultural da humanidade, e sim um serviço privado que será cobrado de quem o desejar. E aí que eu fiquei de saco cheio de administrar estas coisas e resolvi que era hora de chutar o balde e fazer algo que eu sempre quis ter coragem: mudarei meu blog de endereço. Para um servidor mais descolado, mais moderno, mais tecnológico, mais gatão e sedutor que combina comigo e com meus textos, talvez mude para o wordpress de vez. So falta mesmo arrumar um layout novo(alguém se habilita a me dar um de presente?), etc etc e etc. Portanto,digo ao povo que eu não fico, ok?

domingo, 3 de janeiro de 2010

03 de Janeiro

E agora que já é ano novo! Hora de começar a usar isso aqui, né?

Eu tinha o hábito, num passado infelizmente longínquo, de não deixar passar um dia 1º sem escrever alguma coisa no meu blog. Era regra, sagrado. Para começar o mês cumprindo uma obrigação que só tinha comigo mesmo. Mas era bom, me mantinha no embalo, me fazia pensar no que abriria o mês. Bom, já é quase dia 4 de janeiro, eu devia estar na cama há horas, e vai ser a primeira vez que escrevo neste mês. Pior: neste ano* - portanto, vamos resolver isso.

Não pude seguir aquela antiga tradição porque não tinha acesso a internet há quatro dias. Nem estava neste Estado, pra ser sincero. Fui fazer turismo naquel cidade dita maravilhosa. Fiz o trajeto completo: a Lagoa com sua árvore de natal mutante - a praia torta e a água-viva - o engarrafamento na subida do Corcovado - o Corcovado e o "big dude" - a Galeria Condor - a esfilha e o suco de caju do Libanês da Galeria Condor - os fogos em Copacabana - a bomba no túnel etc. Acho que não deixei nada passar. Minhas impressões sobre o final de ano e/ou do ano como um todo? 2009, sem querer ser muito vago, teve bastante coisa boa, mas muita coisa bem ruim também. Não que eu esteja sendo vago de propósito, é que sei exatamente do que estou falando e posso, pouco a pouco, colocar cada uma dessas coisas aqui. Ou não. Vocês sabem.

Não sou de acreditar que o final de um ano seja mesmo o término de um ciclo e a renovação das energiais mundiais (bom, ao menos pensando na parcela cristã da população e aqueles influenciados por ela) e menos ainda de fazer resoluções de as tão previsíveis previsões de Ano-Novo. Que nada, as minhas resoluções são diárias, se não acontecem a cada quatro horas. Tenho metas para o próximo mês e pretendo alcançá-las. Nada disso de ficar escrevendo quais são aqui no blog para as pessoas cobrarem depois. Bastam as minhas cobranças, depos eu conto os resultados aqui.

Agora, hora de ir pra cama. Mas logo, logo tem mais. Estou ouvindo um barulho estranho vindo do meu estômago.
___
*. piadinha infame, completamente inevitável e desprovida de qualquer graça.