terça-feira, 16 de junho de 2009
Meu primeiro autógrafo
Quando eu era criança, lembro que gostei de ler A Droga da Obediência. Do Pedro Bandeira. Aí lembro que tinha até continuação este livro, acho que chamava Pântano de Sangue e depois tinha um Anjo sei lá do que, acho que da Morte. Sei que eu comprei estas continuações em algum evento tipo feira do livro na escola. Eu fui, não sei porque se eu não gostava muito de ler naquela época, na verdade. E feira do livro de escola é um evento muito primitivo. Não lembra em nada a feira do automóvel. Você não tinha gostosudas nos estandes para desequilibrar sua testosterona até você querer comprar um livro. Bem, livros são muito diferentes de carros: nunca soube de um homem com complexo de pau pequeno que tentasse compensar isto exibindo sua coleção de livros. Você pode achar que alguém que tem um Jaguar não precisa de centímetros genitais, mas ninguém pensa o mesmo de alguém que tem toda a coleção da Larousse. O que eu sei é que o Pedro Bandeira estava nesta feira e eu achei que seria uma idéia incrível se ele autografasse o meu livro. Não tinha idéia de como era um livro autografado e com dedicatória, achei que ia ter algo especial, falando de como cada leitor é tão especial e que eu tinha mudado a vida dele apenas por ter comprado o livro. Uma semana depois ele me ligaria para agradecer novamente, alegando que não expressou suficientemente o quanto sua vida passou a ser outra muito melhor porque eu tinha comprado os livros. Entreguei o livro na mão dele todo orgulhoso dessa importância toda que eu tinha. Eí ele escreveu Clay, um forte abraço, Pedro Bandeira. Quer dizer, ele podia pelo menos ter se levantado e dado o abraço. Estaria feliz até sem a parte do forte. Só me restou ler o meu abraço e ir embora desse jeito. A droga da obediência. Depois disto, o único autografo que peguei na vida foi de um cantor japones em 2003 em um evento. Ele também não me deu um abraço.
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9 comentários:
Falando nisso, heim, Clay... tô aguardando até hoje o seu forte abraço. ;-)
Então,er..... eu não esqueci. Eu escrevi esse texto pensando justamente em você, cof..cof...
Servia um abraço por trás? ¬¬
Também li a Droga da Obediência na escola, lembro de ter gostado muito porque envolvia algum tipo de mistério ou coisa assim.
Mas lendo o texto, lembrei da vez que eu ganhei uma dedicatória num livro. Eu estava em Porto Seguro e, enquanto me divertia horrores sentada no meio fio daquela tal de "Passarela do Alcool", um autor de poesias mambembe me abordou. Primeiro tentou vender o livro, mas ele não era tão insistente assim e acabou me dando a porcaria. Escreveu algo que nas entrelinhas dizia "quero te comer". Enfim, um forte abraço é mais recomendado.
Meu primeiro autógrafo também foi do Pedro Bandeira! E apesar do beijo ter sido dedicado e não dado, eu fico de triste de ter perdido o livro.
Eu conheço homens que gostam de exibir suas bibliotecas e suspeito que um ou dois tenham paus pequenos. É que são do meio acadêmico, então é o equivalente ao carro, creio. Creio- acho-suspeito, porque sou senhoura séria e não uso bibliotecas pra conferir... bem, não mais.
Meu primeiro autógrafo foi do Maurício de Sousa. Eu tava no circo com uma amiga minha, sei lá qtos anos eu tinha, uns 8? E ele estava sentado do lado com a família dele.
Ele desenhou um cebolinha e escreveu no balãozinho "Oi Laís!" =P
Claro que eu ja perdi -___-
Mas eu sou uma criança feliz que pegou autógrafo do Change Dragon... semana passada HAHAHAHAHA
uiaehuiehhui
a droga da obediencia deve ser o livro mais lido da nossa geracao... talvez perca pro Escaravelho do Diabo...
presta atencao... os livros tem nomes apelativos pros muleques... "droga" e "diabo"...
soh pode ser por isso!
iaueuieieha
vou escrever o livro A Droga do Diabo e ficar milionário!
topa?
=)
Parece bom pra nome de banda também (acredita que eu não li o Escaravelho do Diabo?)
Gostei da "A Droga do Diabo". Em vez de pedir autógrafos, hoje em dia claro, faça como eu, carregue sempre contigo uma máquina digital, tire foto com o cara, ele vai te abraçar além de autografar um peça dele que você consumiu, livro, cds..
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